July 19, 2011

DOCUMENTARY! Optimus Alive Festival 2011 Part 2

A acompanhar esta reportagem, inclui uma playlist das músicas favoritas do Indi(e)ferente das bandas que passaram por este festival. No caso de algumas bandas como Foals ou White Lies, as músicas escolhidas não constam do setlist das tocadas no festival, com muita pena minha, e decidi colocá-las pela sua qualidade e porque de certa forma acho que mereciam estar lá. Podem carregar no play e ficar a conhecer ou simplesmente a desfrutar o trabalho das bandas que passaram por Algés enquanto lêem a reportagem dos dias 8 e 9 de Junho.



8 Julho

Friendly Fires
Avaliação: 9/10
O terceiro dia do festival, o mais ansiado pelo Indi(e)ferente, começa bastante bem com Friendly Fires a abrir o palco superbock. Este foi talvez dos meus concertos preferidos, por ser um grande fã da banda , por terem um novo álbum óptimo e porque foi muito bom ver a interacção com o público e a energia em palco dos membros. Para além disto tudo, penso que o set que foi pensado foi bastante inteligente porque mesmo apesar de não ser a primeira vez que tocam por cá, deram muita importância às suas músicas de álbuns anteriores com maior projecção, exemplo disso foi começarem com "Lovesick" e "Jump In The Pool", passando para "Blue Cassette" (o meu registo favoerito de Pala). Lá pelo meio "Live Those Days Tonight" vem contextualizar "Skeleton Boy" (mais um êxito do álbum anterior) e abre caminho para "Hawaiian Air" que é fechada com "Paris"!

Entretanto, findo este concerto seguiu-se para o palco Optimus Clubbing tomado de assalto pelas estrelas da Dim Mak, e quem estava de serviço era TAI, prestes a acabar e a dar o lugar a Mustard Pimp. Confesso que não conhecia muito de ambos mas que eles estiveram sempre a debitar som para me manter acordado, lá isso fizeram. Entranto estava na hora de Angus & Julia Stone, e apesar de chegar um pouco tarde deu para ouvir uma boa parte do concerto. No entanto a música delicada que se fazia sentir deste lado, não combinava de forma nenhuma com a música do Clubbing, mas apesar de tudo a afluência a este acto foi bastante boa, e como sempre os irmãos não desapontaram. Ansiava agora pelo concerto da noite.

Fleet Foxes
Avaliação: 9.5/10
Na minha modesta opinião, foi o melhor concerto deste festival. Apesar do contágio da música do palco adjacente (Optimus Clubbing), a banda conseguiu transparecer a harmonia dos seus vários instrumentos e o sentimento celestial e emocional da sua música. Sem dúvida, que Robin Pecknold e companhia voltarão a tocar por estas bandas, o público foi bastante acolhedor e entusiasta, acompanhando sempre as letras dos temas mais emblemáticos de Helplessness Blues, "Grown Ocean", "Lorelai" ou mesmo "Helplessness Blues" já no fim. No entanto, eu sou fã do Fleet Foxes, e para mim os melhores momentos foram quando "Your Protector", "Mykonos", ou "Blue Ridge Mountain" se começaram a ouvir no horizonte. Deixaram-me a querer mais!

Por esta altura, alheio ao que se passava no palco principal andava descontraido pelo recinto, a apreciar o som de fundo do Clubbing, enquanto esperava por Nick Cave. Fiquei bastante surpreso quando soube que os milhares de crianças para ver 30 Seconds To Mars estavam na iminência de não ver o concerto. Pretty Reckless, Klepth, e You Me At Six foram perdidos em combate. 30 Seconds deram cerca de 45 mins. de concerto, e Chemical Brothers foram os únicos que puderam dar um espectáculo em condições, graças a deus! Entreanto no meio da confusão toda, Grinderman já tinha começado e só consegui ver bem cá do fundo, mas foi um óptimo concerto na mesma. Não poupou elogios à plateia e mostrou que a idade não conta nestas coisas, é a paixão que importa! Depois disto, parti para ver Congorock no Clubbing que já estava a partir a loiça toda, metendo os ritmos tropicais misturados com electro para dar um cheirinho do que viria mais tarde com Steve Aoki, o qual não apanhei muito visto que Chemical Brothers era uma prioridade porque nunca tinha visto ao vivo. Mesmo assim, consegui apanhar o melhor dos dois e "Hey Boy, Hey Girl" e  a já batida "Warp" abriram-me bem os timpanos para Digitalism que viria mais tarde. Antes disto tudo, Thievery Corporation no palco superbock foi também um acto bastante bom, sendo um fã há já bastante tempo, foi óptimo ouvir e cantar "Lebanese Blonde" ou "Amerimacka".

Digitalism
Avaliação: 8.5/10
Desde o último álbum lançado há menos de um mês, I Love You Dude, que o meu nivel de fã de Digitalism subiu exponencialmente. O primeiro single "2 Hearts", era o que ansiava mais ouvir e não me deixaram mal, pelo contrário, foi simplesmente brutal. "Idealistic" abriu as hostilidades e despertou as poucas forças já em mim, "Stratosphere" primeira faixa do novo álbum também foi muito bom de se ouvir e claro, "Home Zone", "Anything New" e "Pogo" foram os pontos altos do concerto. O dia chegava ao fim e faltava mais um só dia, o sentimento de querer ter mais dias assim apoderava-se de mim a caminho de casa enquanto pensava nos concertos de Fleet Foxes ou Friendly Fires. Foals e Wu Lyf eram as minhas expectativas para o dia de amanhã.

9 Julho

Wu Lyf
Avaliação: 8/10
Este era dos actos que mais queria ver neste dia, a seguir a Foals claro. Depois dos videos que procuram romper com o comum e o racional estava bastante curioso para ver como seria um concerto ao vivo dos World Unite! Lucifer Youth Foundation (também ele um nome pouco comum). O facto de não aceitarem entrevistas também contribui para esse fenómeno de misticismo à volta da banda. Go Tell Fire To The Mountain é o álbum que vieram apresentar e apesar de terem uma panóplia de faixas reduzida não foi isso que os impediu de dar um óptimo concerto. "L Y F" abriu o concerto, e "Sumas Bliss" (para mim a melhor faixa do álbum) foi mesmo o meu momento alto, no entanto, o pouco público presente mostrou maior apreço por "Dirt" ou "Heavy Pop".

Enquanto se esperava pelo próximo concerto neste palco, eram os White Lies que me aqueciam. O seu setlist deixou-me um pouco transtornado visto que "Peace & Quiet" não fez parte e pronto esta também já era previsivel, iam acabar com "Bigger Than Us" e por essa altura já estaria nas linhas da frente para ver Foals, o que acabou por acontecer e assim não pude ouvir o encore de White Lies, no pasa nada

Foals
Avaliação: 9/10
Este era o concerto do festival para mim, era o que mais esperava, ou não fosse o fã nº1 de Foals, como o primeiro post do Indi(e)ferente na sua antiga casa o pode confirmar. Apesar de ter sido um bom concerto soube a pouco. O setlist escolhido foi bastante curto, talvez por culpa da organização que não lhes deu mais tempo, o que eu desconfio piamente, mas também por culpa deles que erroneamente não incluiram passagens como "Olimpic Airways" ou "Black Gold" que são das melhores músicas deles, podendo encaixá-las no lugar de "After Glow" ou "Electric Bloom" que apesar de serem boas não tiveram o mesmo impacto que as anteriores. Tirando isto, foi espectacular ouvir as guitarras estrelares e o piano de "Spanish Sahara", ou ouvir em primeira mão o math rock inglês com "Cassius". E claro, "Miami" uma das mais aplaudidas e cantadas pelo público, assim como no fim "Red Socks Pugie", um dos êxitos de Antidotes.

A partir deste momento a minha noite estava feita, não tinha muito interesse em ver Tv On The Radio visto que o último álbum deles Nine Types of Light, não me deixou muito convencido, mas no entanto, as opiniões no fim do concerto eram unânimes, fui uma besta! Restava-me Dizzee Rascal para me deixam feliz e fazer-me dançar com a "Bonkers", tal é o meu espanto quando chego ao palco e está Diabo na Cruz a montar o material deles...Dizzee ainda estava em Inglaterra a debater-se com uma hospedeira de bordo, brilhante! No meio disto tudo, ainda deu para apanhar o fim de Kaiser Chiefs, "Oh My God" sempre a brilhar como o single com mais sucesso dos britânicos. A espera fez-se até Orelha Negra, que já tinha visto no São Jorge, e por ter gostado muito fazia questão de ver outra vez, e se não foi melhor esteve lá quase. Esta quarteto de artistas não pára de surpreender e o público adere bastante ao som debitado dos vários instrumentos que são utilizados, sendo que o meu preferido vem do MPC do Sam! Eles (Orelha Negra) ficaram tão contentes com o apoio do público e com a sua prestação que disponibilizaram o seu set ao vivo na internet uns dias depois e que vocês podem ouvir aqui no Indi(e)ferente!

Chega ao fim o festival e a quantidade de concertos óptimos é enorme, sinto que a cultura musical em Portugal está cada vez mais a subir a fasquia, cada vez mais se faz melhor música, a única coisa que falta e começar a gostar dessa música, ter um olhar critico e não seguir as modas, é a opinião do Indi(e)ferente! Fiquem atento porque vem ai a reportagem do Meco!










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