July 27, 2011

DOCUMENTARY! Superbock Superock Festival 2011

Nos dias 14, 15 e 16 deste mês o meco recebeu uma data de adeptos de pó infinito, de filas infinitas, e de boa música. Muitas foram as criticas lançadas à organização do festival nos dias que se seguiram ao encerramento, na minha opinião, estive lá pela música e se tive que apanhar com pó (inevitável), se tive que esperar na fila para o banho (entrar à socapa não?) e se tive mesmo assim que levar com mau som, foi tudo por uma boa causa e voltaria a repeti-lo. Vou deixar-vos uma playlist do melhor que se ouviu por lá e para a reportagem é só apertarem no LER MAIS!





Tame Impala
Avaliação: 8/10

Podemos dizer que Tame Impala foi bom, aliás Tame Impala foi uma das principais razões de eu ter ido a esta edição do Superbock, no entanto, não sei se foi da moca deles, se foi da má instalação sonora, que tinha a sensação que alguma coisa ali faltava. Abrirem o concerto com "Why won't you make up your mind?" é sempre uma boa ideia para deixarem o público enfeitiçado com o psicadelismo experimental das suas guitarras. "Solitude is Bliss" seguiu-lhe e "It's not meant to be" abriu caminho para o resto de Expectation. Findo o concerto, eram os The Kooks que ainda tocavam no palco superbock, de forma que deambular pelo recinto era a opção.

Nicolas Jaar

Avaliação: 8/10

Chegando à tenda @ Meco, damos de caras com Nicolas Jaar e a sua banda a criar o seu espaço vital em cima do palco. A sensação que este concerto deu foi que estava perante uma jam session em formato concerto. O facto de os quatro membros estarem virados uns para os outros, fechados num circulo só deu maior ênfase ao aspecto experimental da música de Nicolas Jaar. Foi sem sombra de dúvidas um grande concerto ainda que longe de estar cheio.
Os ecos de "Bombay" propagavam-se do palco edp até à entrada, a multidão de espanhóis presentes nesta edição do festival estava toda lá para ver El Guincho. Entretanto, era Beirut quem começava a tocar no palco superbock. A concentração de pessoas era grande como que também já a preparar-se para Arctic Monkeys, mas até lá foi o rapaz do leãozinho que animou o público com as mais conhecidas "Nantes", "Postcards from Italy" e mais recentemente, "East Harlem".

Lykke Li
Avaliação: 8,5/10


O próximo destino era no palco edp onde Lykke Li iria actuar. A audiência era maioritariamente feminina e sabia as letras de trás para a frente. No palco, os panos pretos e o fumo intenso eram o cenário de "I Follow Rivers" onde a escandinava iria actuar, e lá apareceu envolta em preto, e por entre "I'm Good, I'm Gone" de Youth Novels e "Sadness is a Blessing" de Wounded Rhymes, levava o público ao delirio. "Dance Dance Dance" foi das mais acompanhadas pelas vozes da plateia, mas o melhor momento para mim foi "Love Out of Lust".
A escandinava tinha acabado de tocar mas no palco superbock "os macacos do árctico" já aqueciam a pista e muitos eram os que se amontoavam no curto espaço, o que fazia com que o público quase chegasse até à tenda @ meco o que prejudicou bastante a audição, visto que os sons se sobrepunham. "505" e "Fluorescent Adolescent" foram deixadas para o encore, assim como "Suck it And See", a faixa que dá nome ao último álbum destes rapazes.

No dia seguinte, as circunstâncias do campismo impediram-me de ver Noiserv, um dos actos principais na minha agenda, mas o concerto que ainda estava para vir ia compensar. O protagonismo desta noite era do palco superbock e dos Arcade Fire. No entanto Portishead, foi um dos melhores concertos do festival também. Embora o som estivesse longe de bom, "Roads" foi o ponto alto do concerto, mas também êxitos como "Glory Box" deixaram toda a gente a cantar em unissono.

Arcade Fire
Avaliação: 9/10

Os canadianos Arcade Fire, tocaram pela primeira vez em Portugal e parece que gostaram tanto como nós, palavras de Win Butler "Someone should open a company and teach the other countries how to be a crowd". Com três álbuns fenomenais, não lhes faltavam boas músicas para tocar, e foi de facto, um espectáculo de música. "Ready to Start" abriu o concerto, e "No Cars Go", "The Suburbs", "We Used to Wait", e "Rebellions (Lies)" foram os pontos altos. Para o encore, "Wake Up" preparou a já presente e óptima intervenção de Régine Chassagne, em "Sprawl II". Para finalizar o dia , Chromeo já tinha começado a bombardear electrónica ao estilo disco dos 80's e ainda cheguei a tempo de ouvir a "Don't turn the lights on", um dos sucessos de Business Casual , e também "Hot Mess", "Night by Night" e "I'm Not Contagious" foram os momentos que mais deixaram uma marca no público, tirando as pernas de mulher por baixo dos seus teclados é claro.

PAUS
Avaliação: 8/10

O último dia começa bem com a banda portuguesa PAUS a abrir o palco edp, e mais uma vez se comprova que a mistura de experiências e dimensões diferentes produz resultados brilhantes. A energia de um concerto destes senhores é tão grande e a experiência que é a música deles transforma a atmosfera e o ambiente numa selva inóspita e ao mesmo tempo recheada de imprevistos.
Junip segiu-se e embora só tenha apanhado um pouco do fim, foi o suficiente para ter a certeza que González e a sua guitarra deram um óptimo espectáculo e deixaram o público encantado e a repetir as letras atrás dele. Perdi o concerto de Elbow e The Vaccines, FUCK. Restava contentar-me com Slash que por ser quem é não poderia também perder este concerto. "Paradise City" fechou o concerto e "Sweet Child O'Mine" levou-o ao rubro, nada mais se pode dizer acerca do show que esta lenda do rock deu, senão que a postura que o mesmo tem durante os concertos define justamente a fama que tem.

The Strokes
Avaliação: 8,5/10

A fechar o dia foram os tão esperados, The Strokes que vinham apresentar o novo Angles, e posso dizer que foi um dos grandes concertos do festival. Mesmo não sendo um grande fã da banda de Julian Casablancas, já devem ter reparado, adorei a energia do concerto deles e por chegar à conclusão que eles têm tantas boas músicas como eu tenho anos, comprovado pela adesão do público que trauteava os riffs das famosas "Macchu Picchu" ou de "Under Cover of Darkness". Para os interessados, foi disponibilizada a colectânea de tributo a The Strokes pela Stereogum, com participações de Austra, Peter, Bjorn and John, Wise Blood entre outros..por isso já sabem, façam já o download!

Até Paredes!


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